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Sei que estou em dívida com vocês. Mas como somos todos autônomos freelaholics, sei que vão entender minha curta ausência: estava me matando de trabalhar! xD Agora que vocês já me desculparam pelo silêncio, podemos voltar aos trabalhos aqui do blog, não? 😉

Hoje, eu ia falar sobre taxa de urgência, mas resolvi fazer um parêntese nessa sequência de posts para falar com vocês sobre uma coisa super importante para a sua proteção no mercado de trabalho: sua desconfiança.

Entre amigos, sou conhecida como “boazinha”, “fofinha” e mimimi (até me encherem o saco, aí eu viro outra). E no geral, ao lidar com clientes, encarno mesmo minha persona mais gentil e fofinha, porque gosto de criar laços duradouros com meus clientes e, na minha experiência, fica muito mais fácil conseguir isso se eu for “eu mesma”. Só que… Gente, desculpa, mas autônomo bonzinho demais só serve pra ser passado pra trás. Eu sei, porque já passei por isso algumas vezes. Então, escutem leiam a voz da experiência – se cerquem por todos os lados. Porque, quando se trata de cliente, tem muito safado por aí querendo ganhar seu serviço sem ter que pagar depois. Não sejam o “bonzinho trouxa”. Prefiram sempre o papel de “bonzinho esperto”.

A verdade é que a gente não gosta de perder cliente por causa de papelada, certo? Mas é a papelada que protege você. Pra vocês terem uma ideia, já tive cliente que inventou desculpas, me enrolou por semanas e a situação ficou tão embaraçosa que ele criou contas de e-mail fingindo ser outros profissionais que, supostamente, estariam providenciando meu pagamento em nome dele. A gente não tem IDEIA do que as pessoas são capazes, então é muito comum pensarmos “ah, não preciso de contrato de trabalho, essa pessoa é super simpática e vai dar tudo certo”. Mas, CARA, PODE NÃO DAR. E aí?! Você fica como? Catando advogado trabalhista por aí, cuspindo fogo com raiva do cliente caloteiro (e de si mesmo, por ter caído na dele)?

É claro que precisamos oferecer facilidades pros nossos clientes. Por quê? Volto praquele ponto que falei no outro post: valor agregado. Essas facilidades são diferenciais que vão agregar valor ao seu serviço e a você, como profissional. Mas agregar valor só vale a pena se realmente algum valor for pago. Ou seja, protejam-se! Não precisa fazer um contrato de trabalho, com firma reconhecida e 4 vias, uma pra você, outra pro cliente, outra pro advogado e outra pro contador – calma! Mas, no mínimo, tenha um e-mail ou alguma comunicação “registrada” que sirva para detalhar o serviço: o que você está se comprometendo a fazer, os arquivos que ele tem que enviar para você, os que você entregará ao final do serviço (aproveite para especificar se são arquivos abertos ou fechados e os formatos), quanto o cliente concordou em pagar e, super mega master blaster importante: COMO E QUANDO ele efetuará o pagamento. Se você for ousado(a), sugiro até escrever assim ao final do email: “Aguardo seu consentimento para dar início ao trabalho. Enfatizo que seu OK significará que você concordou com as condições citadas previamente e que cumprirá com todos os fatos acordados para esse serviço”. Ou seja, “filhinho, se você responder ‘manda ver’ e depois não pagar, ‘tá lascado”.

Então, dicas que podem parecer óbvias para muita gente, mas que vão salvar muitos bolsos por aí:

  • Se você é carismático(a) e gosta de fechar jobs por telefone, lindo! Mas envie um e-mail ao cliente depois, formalizando o que foi falado ao telefone e peça que ele confirme essas informações, respondendo seu e-mail.
  • Só dê início a um trabalho quando um orçamento final tiver sido formalizado e se souber quando e como será efetuado o pagamento.
  • Não seja bonzinho demais, porque cliente caloteiro não vai ser nem um pouco bonzinho com você – não deixe sua desconfiança de lado! Use-a para se proteger!
  • Se, de fato, você se deparar com um cliente que parece estar se preparando para “dar um balão” na sua pessoinha, vá juntando toda a documentação possível caso precise resolver na Justiça, mas não ponha as unhinhas de fora até que fique realmente impossível de resolver na amizade. A Justiça é cara e pode demorar – sendo que suas contas não vão esperar o processo acabar pra vencer.
  • Sempre valorize os clientes que você já conhece: se não deram calote antes, não vão dar agora. Por isso, ame seus clientes fiéis, dê descontos e todas as vantagens que você puder oferecer, porque eles são a sua maior garantia de dinheiro na conta ao final do serviço.

Aperto de mão,
Ana “Freelaholic” 😉

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